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2° KOFF – Korean Film Festival começa nesta quinta-feira em Piracicaba

A partir desta quinta-feira, dia 15, tem início o 2° KOFF – Korean Film Festival, que nesta segunda edição do será realizado em duas cidades do estado de São Paulo. Com entrada gratuita, o evento acontece até o domingo, dia 18 de agosto no Teatro do Engenho, em Piracicaba. Em São Paulo, o evento acontecerá de 3 a 9 de outubro no Reserva Cultural.

Trazendo o melhor do cinema coreano contemporâneo, o festival trará mais de 60 produções lançadas entre 2022 e 2024 sob curadoria de Rubens Rewald. Entre os filmes que serão exibidos está o premiado “Vidas Passadas”.

O KOFF é composto por duas mostras. Na Mostra Não-Competitiva serão apresentados mais de 20 filmes, entre curtas e longas-metragens. Os curtas-metragens deste ano foram selecionados no Busan International Short Film Festival – BISFF 2024, Jeonju International Film Festival 2024 e Muju Film Festival 2024, entre outros importantes festivais de cinema da Coreia do Sul.

Para a Mostra Competitiva, que recebeu 325 inscrições da Coreia do Sul e Brasil, foram selecionados mais de 40 filmes que participarão da programação do Festival e receberão prêmios a partir do Voto Popular. De acordo com Rubens Rewald, que pelo segundo ano assina a curadoria, as produções deste ano devem agradar os mais diversos públicos. “O cinema sul-coreano é extremamente diversificado em termos de gêneros. Por isso, nesta edição teremos uma variedade de filmes, incluindo dramas, terror, ação, históricos, entre outros. Estamos oferecendo um cardápio muito amplo, para todos os gostos”, afirmou.

Sobre a tendência desses últimos dois anos no cinema sulcoreano, Rewald destacou a febre das novelas asiáticas, cujo os tipos de conflitos estão se estendendo para a sétima arte.

“Este ano percebemos que houve uma grande produção de dramas. Eu acho que é essa característica forte desta edição, pois a produção cinematográfica está sendo muito influenciada pelos dramas. Então, ao contrário do ano passado, quando tivemos muitos filmes de ação, eu vejo que esta edição está marcada pelos dramas e histórias familiares”.

Apesar de uma tendência em produzir mais dramas, como disse o curador, o catálogo do 2° KOFF foi selecionado para contemplar diversos outros gêneros. Para Rewald, o que mais se destaca nos filmes sul-coreanos é a sua qualidade em conseguir combinar arte com uma visão comercial e popular.

“A principal característica do cinema sul-coreano, e talvez um dos segredos de seu sucesso, é a capacidade de aliar uma produção forte e vigorosa com temas relevantes no mundo contemporâneo. Esse cinema aborda questões importantes, como solidão, desemprego e justiça social, sempre com um viés que pensa na relação com o público. Assim, o cinema sul-coreano consegue equilibrar as características dos filmes de arte com filmes comerciais, que são extremamente acessíveis ao grande público. Um exemplo claro disso é o sucesso do filme Parasita, que esteve na edição anterior e, apesar de seu conteúdo temático radical, apresentou uma moldura super entertainment, para um amplo espectro de espectadores. Para mim, esse é o grande segredo do cinema sul-coreano”.

Sobre a Mostra Competitiva, Rewald fez questão de ressaltar os filmes curta-metragem. “Vale destacar que, neste ano, temos um espectro muito grande de curtas. Encontramos ótimos filmes de vários gêneros. É uma produção muito dinâmica e forte, e esses curtas-metragistas com certeza serão os futuros longa-metragistas de sucesso pelo mundo. Portanto, essa é uma dica que eu daria para o pessoal que for conferir a mostra de 2024: prestem muita atenção nas produções de curtas da Mostra Competitiva”.

Premiação da Mostra Competitiva

Os filmes que integram a Mostra Competitiva do 2° KOFF receberão prêmios entre R$ 3 mil e R$ 10 mil. O festival ainda trará uma premiação especial, de R$ 5.000,00, para estudantes de cinema produzirem um curta-metragem de 3 a 5 minutos sobre a Coreia do Sul.

Por dentro do 2° Festival de Cinema Sul-Coreano

Além de Rewald, que faz a curadoria, a programação ainda tem co-curadoria de Marcia Kling, consultoria de Soleiman Dias e produção executiva de Eduardo Komatsu Guilherme Merisio.

“Realizar o KOFF é uma oportunidade incrível para expandir o alcance e o impacto do cinema coreano no Brasil, que se encontra numa crescente desde o sucesso do filme Parasita. É essencial termos um festival que não apenas apresente a cultura do país, mas também promova o intercâmbio cultural entre Brasil e Coreia do Sul. Tudo isso é construído com muito cuidado e seriedade, proporcionando reflexão sobre temas importantes – característica das produções oriundas da Coreia do Sul”, afirmou a diretora e co-curadora do KOFF, Marcia Kling.

O festival ainda contará com debates virtuais com produtores, atores e cineastas coreanos. As conversas buscam o intercâmbio entre os dois países e a troca de ideias sobre a indústria cinematográfica. Todo este conteúdo ficará disponível no YouTube para que qualquer pessoa possa assisti-lo.

Outras contrapartidas educacionais como oficinas de vídeos em três escolas públicas de Piracicaba também estão previstas e visam incentivar a criação de novos curtas-metragens sobre a Coreia do Sul e a inclusão de jovens no mundo do cinema. Na cidade, o evento já faz parte do calendário oficial do município, colocando o interior do estado como berço de um evento que vem trazendo visibilidade internacional ao Brasil.

A edição piracicabana começa no Dia da Libertação, 15 de agosto. A data celebra o fim da ocupação japonesa em 1945. A palavra Gwangbok significa “restauração da luz”. No mesmo dia, em 1948, foi estabelecido o governo da República da Coreia.

Já a edição em São Paulo ocorre a partir do Dia da Fundação, 3 de outubro, que comemora a criação de Gojoseon, o primeiro estado coreano, em 2333 a.C.

O 2° KOFF tem patrocínio das empresas CJ do Brasil, Hyundai Motor Brasil, Glovis Brasil Logística e Atomy do Brasil; apoio cultural de ISPAC (Instituto São Paulo de Arte e Cultura), ACIPI – Piracicaba e SIMESPI – Piracicaba e Sicoob Cocre; apoio institucional da Secretaria Municipal da Ação Cultural, MISP – Museu da Imagem e do Som e Prefeitura Municipal de Piracicaba; e realização de Alexa Filmes, Trein Produções, Secretaria de Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo e Ministério da Cultura.

Sobre o curador Rubens Rewald

Roteirista, cineasta, professor da Universidade de São Paulo (USP) e diretor de cinema. Formado em cinema e doutor em Artes pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP), é também autor do livro Caos Dramaturgia, publicado em 2005. No teatro, escreveu a peça O Rei de Copas (1994), indicada para o Prêmio Mambembe pela renovação da linguagem teatral. Em 1999, trabalhou na adaptação da peça Esperando Godot, de Samuel Beckett, e escreveu Acordei Pensando em Bombas, ambas com direção de Cristiane Paoli-Quito. Também desenvolveu um trabalho de utilização dramática em vídeo em três peças: Dias Felizes (1989), texto de Samuel BeckettDois Perdidos Numa Noite Suja (1992), de Plínio Marcos e Budro (1994), dirigido por Bosco Brasil. Em 2007, codirigiu o longa Corpo, em parceria com Rossana Foglia, que ganhou o prêmio de melhor filme estrangeiro no The Method Independent Film Festival, em Los Angeles. Seus filmes mais recentes são Segundo Tempo (2019, lançamento no Brasil 2023) e Jair Rodrigues – Deixa que Digam (2020, lançamento no Brasil em abril de 2023). Além disso, dirigiu os documentários de longa-metragem Esperando Telê (2009) e Intervenção – Amor Não quer Dizer Grande Coisa (2017), ambos em parceria com Tales Ab’Sáber, e os documentários para a TV Rainha Hortência e Magic Paula (2014) e 800M (2016), em parceria com Aarón Fernandez, além dos curtas Cânticos (1991) e Mutante… (2002). Foi roteirista do filme Hoje (2011), de Tata Amaral, e do documentário Todas as Manhãs do Mundo, de Lawrence Whaba (2016).

Depoimentos do curador, Rubens Rewald:

“A seleção para um festival, ainda mais de um festival que tem o desejo de atrair um grande público, não apenas o cinéfilo, além do propósito de buscar formar um novo público, precisa mesclar um pouco as características dos filmes. Eu gosto muito de filmes mais inventivos em termos de linguagem, mais originais. Contudo, nem sempre esses filmes tem uma comunicação forte com grande público. Então, de um certo modo, eu acredito que a seleção dos filmes mescla um pouco esses dois caminhos. A programação tem filmes mais inventivos e originais, que tentam criar novas possibilidades e também tem produções mais convencionais e muito bem realizadas, que com certeza vão ter uma forte conexão com o público”.

“Este ano percebemos que houve uma grande produção de dramas. Eu acho que é essa característica forte desta edição, pois a produção cinematográfica está sendo muito influenciada pelos dramas. Então, ao contrário do ano passado, quando tivemos muitos filmes de ação, eu vejo que esta edição está marcada pelos dramas e histórias familiares”.

“O cinema sul-coreana é muito diversificado em termos de gêneros. Por isso, no 2° KOFF há dramas, filmes de terror, ação, históricos, entre outros. Estamos com um cardápio muito grande, para todos os gostos”.

“Vale destacar que, neste ano, temos um espectro muito grande de curtas. Encontramos ótimos filmes de vários gêneros. É uma produção muito dinâmica e forte, e esses curtas-metragistas com certeza serão os futuros longa-metragistas de sucesso pelo mundo. Portanto, essa é uma dica que eu daria para o pessoal que for conferir a mostra de 2024: prestem muita atenção nas produções de curtas da Mostra Competitiva”.

“A principal característica do cinema sul-coreano, e talvez um dos segredos de seu sucesso, é a capacidade de aliar uma produção forte e vigorosa com temas relevantes no mundo contemporâneo. Esse cinema aborda questões importantes, como solidão, desemprego e justiça social, sempre com um viés que pensa na relação com o público. Assim, o cinema sul-coreano consegue equilibrar as características dos filmes de arte com filmes comerciais, que são extremamente acessíveis ao grande público. Um exemplo claro disso é o sucesso do filme Parasita, que, apesar de seu conteúdo temático radical, apresentou uma moldura super entertainment, para um amplo espectro de espectadores. Para mim, esse é o grande segredo do cinema sul-coreano”.

“O KOFF oferece uma oportunidade para que as pessoas conheçam algumas das produções mais vibrantes do cinema sul-coreano atual. Neste ano, destacamos tanto a nossa mostra de longas quanto a de curtas. No ano passado, o foco foi maior nos longas, mas em 2024, os curtas têm o mesmo destaque. Portanto, há cinema para todos os gostos, e todos vão se divertir e aproveitar”.

SERVIÇO

KOFF – Festival de Cinema Coreano Piracicaba

Período de Realização: 15 a 18 de agosto de 2024

Local de Realização: Teatro do Engenho Central

Endereço: Av. Doutor Maurice Allain, 454 – Parque do Engenho Central, Piracicaba/SP

Patrocinadores: CJ do Brasil, Hyundai Motor Brasil, Glovis Brasil Logística e Atomy do Brasil

Apoio Cultural: ISPAC-Instituto São Paulo de Arte e Cultura, ACIPI – Piracicaba, SIMESPI – Piracicaba e Sicoob Cocre

Apoio Institucional: Secretaria Municipal da Ação Cultural, Museu da Imagem e do Som – MISP, Câmara Municipal e Prefeitura Municipal de Piracicaba

Realização: Alexa Filmes, Trein Produções, Secretaria de Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo e Ministério da Cultura

Produção: Image7 e Manifesta Cultura em Eventos

Entrada gratuita

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