Saúde

Santa Bárbara orienta população sobre as diferenças entre os sintomas de dengue e chikungunya

A Prefeitura de Santa Bárbara d’Oeste, por meio da Secretaria de Saúde, orienta a população para a importância de reconhecer as diferenças entre os sintomas de dengue e chikungunya. Ambas transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, a identificação correta dos sinais pode acelerar a busca por atendimento médico e evitar complicações.

Neste ano, o Município registrou, até o momento, 9.874 casos positivos de dengue, destes 25 resultaram em óbitos. No mesmo período foram dois casos de chikungunya, enquanto em 2024 houve apenas um. O aumento indica que o vírus já circula na cidade, o que pode favorecer o surgimento de novos casos.

A dengue costuma começar de forma súbita, com febre alta que pode chegar a 40°C, acompanhada de dor intensa no corpo, dor atrás dos olhos, dor de cabeça, náuseas e intenso cansaço. Em muitos casos, surgem também manchas vermelhas na pele ao longo dos primeiros dias.

Na dengue, é fundamental estar atento aos sinais de agravamento, como sangramentos, dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, queda abrupta na temperatura do corpo, sangramentos, agitação ou sonolência, choro persistente em crianças, tontura ou desmaio, pele fria e pálida, dificuldade de respirar e diminuição da quantidade de urina. Essas são situações que exigem atendimento imediato.

Já a chikungunya também apresenta febre alta de início rápido, porém o principal diferencial é a dor muito intensa e persistente nas articulações, frequentemente acompanhada de inchaço. Mãos, pés, tornozelos e joelhos costumam ser os locais mais afetados, e as dores podem limitar movimentos e durar semanas ou até meses após a fase aguda da doença. Erupções na pele e forte fadiga também podem ocorrer, mas o destaque permanece na intensidade e na duração das dores articulares.

O período de incubação da chikungunya antecede o início da fase aguda, que costuma durar até o décimo dia após o aparecimento dos primeiros sintomas. A doença pode evoluir em três fases distintas: a fase aguda, seguida pela pós-aguda e, em alguns casos, pela fase crônica, marcada pela permanência das dores articulares por meses.

Portanto, a Prefeitura reforça que a distinção entre as duas doenças é essencial para orientar o acompanhamento clínico adequado. Enquanto a dengue exige vigilância devido ao risco de complicações hemorrágicas, a chikungunya pode evoluir com dores crônicas que impactam a rotina e a mobilidade do paciente.

Em caso de sintomas, é fundamental procurar a unidade de saúde mais próxima e evitar a automedicação, pois alguns medicamentos podem agravar o quadro clínico em ambas. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (19) 3463-8099 (Vigilância em Zoonoses) ou 3459-4119 (Vigilância Epidemiológica), de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 16 horas.

Ações no combate ao Aedes

O Departamento de Vigilância em Zoonoses (DVZ), vinculado à Secretaria de Saúde de Santa Bárbara d’Oeste, mantém ações de combate ao mosquito durante todo o ano em todas as regiões da cidade. O trabalho é intensificado em áreas com casos positivos, aglomerados de casos suspeitos e em bairros onde o monitoramento entomológico diário aponta alta circulação de mosquitos.

As equipes atuam com atendimento de solicitações da população, visitas domiciliares, procedimentos em imóveis fechados com suspeita de criadouros, aplicação de sanções previstas na legislação municipal quando necessário, apuração de locais suspeitos, nebulização com equipamento costal (UBV portátil) e nebulização veicular (UBV pesado), além de vistorias em pontos estratégicos e imóveis especiais, análise laboratorial, aplicação de biolarvicida, instalação de Estações Disseminadoras de Larvicida (EDL), monitoramento entomológico com armadilhas, Avaliação de Densidade Larvária (ADL) e ações educativas como palestras e orientações à população.

Orientações

A Prefeitura reforça que qualquer recipiente com água parada – como pratos de vasos, garrafas, baldes, caixas-d’água destampadas e calhas entupidas – pode se tornar um criadouro do Aedes aegypti. A orientação é que os moradores reservem 10 minutos por semana para checar possíveis focos em suas residências e recebam os agentes de controle de endemias, devidamente identificados, sempre que houver visita.

A colaboração da população é essencial para que o trabalho preventivo alcance todo o território e reduza o risco de novas infestações. Todas as ações são gratuitas e não há cobrança de taxas para nenhum serviço ou produto utilizado.

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