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Gigantes na fila e tabu de mais de cem anos, jejuns de títulos nos estaduais

Os campeonatos estaduais são a garantia de títulos para pelo menos 27 clubes distribuídos em todas as unidades federativas do País. No entanto, alguns gritos de campeão estão presos na garganta dos torcedores já há algum tempo.

A lista dos maiores tabus de títulos em 24 estados, além do Distrito Federal, entre todos os times que disputarão as edições deste ano e que já conquistaram as respectivas competições locais ao menos uma vez. Chance assim para quebrar o jejum, ou aumentar um ano a mais na fila.

Apenas os campeonatos Roraimense e Amapaense não foram considerados no levantamento, uma vez que só iniciarão em março e maio, respectivamente. Entre todos os 140 clubes que já foram campeões e irão disputar os estaduais, de norte a sul do País, nenhum está há mais tempo na fila como o Brasil de Pelotas. Um jejum já centenário.

Isso porque o time Xavante levantou o Gauchão de 1919, o primeiro da história, e já acumula 104 anos de espera por uma nova conquista, batendo na trave em cinco oportunidades, quando foi vice.

A última em 2018, perdendo a final para o Grêmio, que por sinal é o atual pentacampeão. O Inter não levanta a taça desde 2016.

Em São Paulo, no mais rico estadual do País, o maior jejum entre os times que irão disputar a atual edição do Paulistão pertence à Portuguesa. De volta à Série A1 após sete anos, a Lusa levantou o último dos seus três estaduais em 1973, quando dividiu o título com o Santos.

O Peixe, por sinal, é entre os grandes o que está há mais tempo sem dar a volta olímpica. Já são sete anos, desde a última, em 2016. No Rio de Janeiro, onde os quatro grandes normalmente se revezam com a taça, o Bangu possui o maior tempo sem conquistas, chegando na atual temporada a 57 anos de hiato. Entre os maiores vencedores, o Vasco é o que está há mais tempo sem ser campeão, também desde 2016.

Tabu, porém, inferior ao do Villa Nova, no Campeonato Mineiro. O time de Nova Lima foi campeão pela última vez há mais de sete décadas, em 1951, há 72 anos. O América não conquista a competição há sete anos, e o Cruzeiro há quatro, enquanto o Atlético é o atual tricampeão.

O segundo maior jejum de títulos estaduais do Brasil está no Rio Grande do Norte, onde o Santa Cruz de Natal chega em 2023 a 80 anos desde a sua conquista solitária, em 1943.

Em Pernambuco, o homônimo mais famoso também é o que está há mais tempo sem levantar o troféu dentro do Trio de Ferro do Recife (que tem também Sport e Náutico, atual bicampeão). Já são sete anos na fila da Cobra Coral.

Outro grande da região em seca é o Vitória, que conquistou seu último Campeonato Baiano há seis anos. O detalhe é que o atual bicampeão é o Atlético de Alagoinhas, que disputa a Série D.

Situação distinta vive o Campeonato Cearense, onde a dupla Ceará e Fortaleza se revezam com o título ininterruptamente nos últimos 27 anos. Assim, o maior jejum entre os times que irão participar da edição deste ano pertence ao Ferroviário, último a conseguir quebrar essa hegemonia, em 1995.

Em Goiás, o Vila Nova, dono de 15 títulos, está com o grito entalado na garganta desde 2005, há 18 anos. Porém, o maior jejum do estado é do Anápolis (58 anos).

Em Santa Catarina, onde oito dos 12 clubes que irão disputar a competição já foram campeões ao menos uma vez, o Hercílio Luz é quem está há mais tempo na fila (65 anos).

Já no Paraná, o Coritiba é o atual campeão e o Athletico, mesmo utilizando nos últimos anos um time B, levantou o troféu pela última vez em 2020. Assim, o maior jejum entre os participantes da edição 2023 pertence ao Operário, que foi campeão pela única vez em 2015. Vale destacar que o Paraná Clube, dono de sete títulos, sendo o último em 2006, irá disputar a Série A2 do Estadual este ano.

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