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Bens vendidos do Hotel Maksoud Plaza em SP

Os bens já leiloados do hotel Maksoud Plaza, em São Paulo (SP), fechado definitivamente no ano passado após 42 anos de funcionamento, incluem cadeiras, colchões, máquinas de costura e de sorvete e um lote de 143 poltronas floridas vendidas por R$ 95 mil.

O leilão começou on-line nesta segunda-feira (22), com a primeira etapa já concluída. Os itens ainda não arrematados podem receber lances até o dia 31, às 10h.

 Itens já arrematados:

  • 143 poltronas floridas por R$ 95.476,40

As poltronas foram vendidas a um único comprador, num valor médio de R$ 670 cada.

  • 1,1 mil cadeiras para eventos
  • 700 cadeiras para eventos foram arrematadas pelo mesmo comprador, em sete lotes separados, por um total de R$ 126.790, com lances de valores variados por cada lote. O preço médio das cadeiras ficou em R$ 181.

As outras 400 cadeiras foram vendidas a um segundo comprador, em quatro lances separados e de valores também variados, num total de R$ 189.117,70 (preço médio de R$ 473 por cadeira).

  • 505 colchões

Os colchões foram arrematados em 12 lances separados, de quantidades e valores diferentes. Os menores tinham apenas 5 deles, e os três maiores, 100 cada. Os mais baratos foram vendidos a R$ 164,25 a unidade, e os mais caros, a R$ 766,15.

  • 5 máquinas de costura

As cinco máquinas de costura foram arrematadas por R$ 3.740, a um preço médio de R$ 748 cada.

  • Máquina de sorvete

 máquina de sorvete, única, foi vendida a R$ 4.480.

Próximas etapas

Após a segunda etapa do leilão, serão marcados outros, específicos de obras de arte do hotel e de imóveis do grupo JSL – que administra o Maksoud Plaza desde 2011.

Depois de pagar as dívidas listadas na recuperação judicial, a intenção do grupo é recomeçar as atividades hoteleiras – individualmente ou em parceria com construtoras – usando a marca do hotel, segundo a assessoria da HM Hotéis, ex-administradora do Maksoud Plaza e dona da marca.

Recuperação judicial

Em 2020, por causa das dívidas, a HM Hotéis e a Hidroservice Engenharia – que faziam parte do Grupo Maksoud – entraram com um pedido de recuperação judicial avaliado em R$ 81 milhões, excluindo as dívidas tributárias, junto à Justiça de São Paulo.

Com a recuperação judicial, as empresas conseguiram reduzir e alongar o prazo de pagamento das dívidas, utilizando-se de imóveis que compunham o patrimônio do grupo.

As dívidas do grupo foram reduzidas pela metade e parceladas para pagamento em até 23 anos – com exceção dos créditos trabalhistas, que deveriam ser pagos em até 12 meses e serão quitados neste mês, segundo a assessoria da HM Hotéis.

O grupo também renegociou outros débitos herdados pela HM Hotéis que não estavam incluídos no processo, como dívidas tributárias. A dívida fiscal foi reduzida em mais de 60% e o saldo remanescente, parcelado para pagamento em até 10 anos.

O prédio e o terreno do Maksoud Plaza foram arrematados em 2011 pela JSL, em um leilão da Justiça do Trabalho, para pagar dívidas trabalhistas de empresas do Grupo Maksoud. O leilão, porém, foi suspenso judicialmente, e as partes entraram em acordo. A JSL seguirá com a marca, mas o prédio do hotel foi entregue em dezembro de 2021.

Sobre o Maksoud Plaza

Inaugurado em 1979, o hotel foi o primeiro cinco estrelas de São Paulo.

O edifício foi um dos primeiros do país a ter elevadores panorâmicos. Em 1981, Frank Sinatra apresentou-se no Salão Nobre do hotel.

O Maksoud Plaza também hospedou os príncipes Rainier e Albert, de Mônaco, a ex-primeira-ministra da Grã-Bretanha Margareth Thatcher, os Rolling Stones, Ray Charles, a atriz francesa Catherine Deneuve e o diretor espanhol Pedro Almodóvar.

Nos anos 1980 e 1990, o 150 Night Club foi uma das casas de espetáculos mais disputadas do Brasil. Músicos como Tom Jobim, Julio Iglesias, Bobby Short, Alberta Hunter, Etta James, Billy Eckstine, Buddy Guy e Dorival Caymmi fizeram shows no local.

Em 2015, o Frank Bar foi inaugurado e entrou na lista dos melhores bares do mundo, segundo a World’s 50 Best Bars.

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