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Brasil é o terceiro país mais inseguro da América do Sul

O Institute for Economics and Peace (IEP) acaba de divulgar a 18ª edição do Global Peace Index (GPI), revelando que o Brasil é atualmente o terceiro país mais inseguro da América do Sul. O estudo também destaca que o país está entre os 15 menos pacíficos do mundo em termos de segurança e proteção social, com a violência custando ao Brasil 11,08% do seu PIB em 2023.

O Brasil ocupa a nona posição entre os 11 listados no ranking da América do Sul, o que representa a terceira pior posição da região, ficando à frente apenas da Colômbia e da Venezuela. A posição foi analisada pelos desafios contínuos em segurança pública e proteção social, destacando a necessidade de medidas eficazes para evoluir nestes quesitos também e para estabilizar a política no país.

Na América do Sul, a Argentina superou o Uruguai e agora é o país mais pacífico do continente, conforme avaliado após a eleição do presidente Javier Milei em outubro de 2023. A melhora no indicador de instabilidade política, apesar dos conflitos pré-eleitorais, contribuiu para que a Argentina alcançasse a primeira posição na região, sendo o único país sul-americano entre os 50 mais pacíficos do mundo.

A região registrou a segunda maior queda na pacificação, com uma queda de 3,6%. As maiores mudanças ocorreram nos indicadores de Taxa de Homicídios, Escala de Instabilidade Política e Conflitos Internos.

“Na última década, a paz diminuiu em nove dos dez anos. Atingimos um número recorde de conflitos, com um aumento da militarização e a uma maior concorrência estratégica internacional, que afetam negativamente a economia mundial e aumenta o risco de novos embates, além de agravar a desigualdade social” afirma Steve Killelea, fundador e presidente do IEP.

A Islândia continua sendo o país mais pacífico do mundo, posição que ocupa desde 2008, seguida por Irlanda, Áustria, Nova Zelândia e Cingapura, um novo participante no top cinco. O relatório também revela que 97 países pioraram na pacificação, o maior número desde o início do índice em 2008. Conflitos em Gaza e Ucrânia foram os principais fatores para a queda global da paz, com mortes em batalhas chegando a 162.000 em 2023. Além disso, 110 milhões de pessoas estão refugiadas ou tiveram que se mudar internamente devido as guerras, com 16 países acolhendo mais de meio milhão de pessoas.

É fundamental que os governos e as empresas em todo o mundo intensifiquem os seus esforços para resolver os muitos conflitos menores antes que se transformem em crises maiores. Já passaram 80 anos desde o fim da Segunda Guerra Mundial e as crises atuais sublinham a urgência dos líderes mundiais se comprometerem a investir na resolução destes conflitos” completa o executivo.

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