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Briga de Lula com BC ecoa no exterior e é comparada à crise da inflação turca

Os ataques de Lula contra o Banco Central já repercutem no exterior. A pressão do presidente brasileiro por uma redução na taxa de juros e sobre o presidente do BC, Roberto Campos Neto, foi destaque de um relatório da Capital Economics, consultoria baseada em Londres, no Reino Unido, e amplamente conhecida pelos mercados.

A publicação lembra que esse tipo de política de tentar reduzir os juros na marra tende a não funcionar. Eles mencionaram o exemplo do governo Dilma e de outros países emergentes.

O exemplo mais forte que eles deram foi o que aconteceu na Turquia há cerca de 10 anos, quando sob uma pressão muito forte política do presidente autocrático Recep Tayyip Erdoğan, o BC turco foi obrigado a reduzir artificialmente a taxa de juro. O resultado é que depois de 10 anos, as taxas tiveram que aumentar e a turquia fechou o ano passado com 64,3% de inflação no ano, uma das mais altas do mundo.

O relatório destaca dois resultados dessa política de bater e tentar reduzir na marra os juros e atacar a política de independência do BC. A primeira delas é que isso tem o efeito exatamente oposto do que o presidente Lula pretende, porque os juros de longo prazo já estão aumentando.

A segunda consequência é que, na opinião da Capital Economics, esse tipo de debate tira a atenção do governo de outros focos que são muito mais importantes na política econômica e social do país.

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