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Campinas volta à fase vermelha do Plano SP

Com a piora na taxa de ocupação de leitos de unidades de terapia intensiva (UTIs) destinados ao tratamento de casos de novo coronavírus, a região de Campinas, no interior paulista, terá que retroceder de fase, voltando à fase 1-vermelha, de alerta máximo, do Plano São Paulo a partir de hoje.

Campinas estava na fase 2-laranja e podendo abrir os comércios de ruas, os shoppings e as concessionárias. Agora, com a determinação do governo estadual, a região voltará à quarentena, só podendo abrir os serviços considerados essenciais, como logística, abastecimento, segurança e saúde.

Na semana passada, o Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo, responsável pelas diretrizes do Plano São Paulo, já havia dado a recomendação para que a cidade de Campinas voltasse a fechar os estabelecimentos comerciais previstos na fase laranja. Mas agora, com a piora do indicador, o Centro determinou que todos os municípios da região de Campinas voltem para a fase vermelha.

“Hoje, devido à capacidade hospitalar da região, ela [a região de Campinas] entra para a fase vermelha”, disse Marco Vinholi, secretário de Desenvolvimento Regional. A taxa de ocupação média de leitos de UTIs da região está atualmente em torno de 80%.

O prefeito de Campinas, Jonas Donizete, já havia anunciado a volta da região para a fase vermelha. “Campinas foi reclassificada para a fase vermelha, pelas regras do estado, e voltará a funcionar com os serviços essenciais. Embora estivéssemos na fase laranja, já havíamos restringido o funcionamento do comércio”, disse o prefeito.

Segundo a prefeitura, os estabelecimentos que não cumprirem as regras previstas, seja por abertura indevida ou por não respeitar as regras sanitárias, poderá ser multado em R$ 1.446,44. Em caso de reincidência, a multa dobra, e na terceira autuação o estabelecimento é fechado enquanto durar a quarentena.

Além de Campinas, permanecem na fase vermelha, de máxima restrição, as regiões paulistas de Araçatuba, Bauru, Franca, Marília, Piracicaba, Presidente Prudente, Registro, Ribeirão Preto e Sorocaba.

Já na etapa laranja, ficam as áreas de Araraquara, Baixada Santista, Barretos, São João da Boa Vista, São José do Rio Preto e Taubaté, além das sub-regiões Leste (Alto Tietê), Norte (Franco da Rocha) e Oeste (Osasco) da Grande São Paulo. A fase laranja libera funcionamento com 20% da capacidade de escritórios em geral, imobiliárias, comércio de rua, shoppings e concessionárias.

Além disso, há três regiões na fase amarela: a capital paulista e duas sub-regiões metropolitanas, que compreende a região do ABC e a de Taboão da Serra. A fase amarela libera a reabertura de bares, restaurantes e salões de beleza com 40% da capacidade e expediente diário de até seis horas.

O Plano São Paulo é dividido em cinco fases que vão do nível máximo de restrição de atividades não essenciais (vermelho) a etapas identificadas como controle (laranja), flexibilização (amarelo), abertura parcial (verde) e normal controlado (azul). O Plano São Paulo também é regionalizado, ou seja, o estado foi dividido em 17 regiões e cada uma delas é classificada em uma fase.

Fonte: EBC