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Chamas no ar …

Testemunhas que estavam em terra e algumas em outra aeronave que estavam voando, afirmam ter visto fogo no Boeing 737 da Ukraine International Airlines, que caiu ontem apenas seis minutos após a decolagem do Aeroporto Internacional de Teerã, de acordo com um comunicado da Aviação Civil Iraniana.

Como informamos ontem, 8/1, a queda matou as 176 pessoas a bordo. De acordo com testemunhas, o avião estava em chamas antes mesmo de cair em Chahriar, no sudoeste de Teerã. “Um incêndio foi observado na aeronave e aumentou rapidamente”, reitera o relatório preliminar das investigações.

O primeiro- ministro canadense, Justin Trudeau, pediu uma “investigação profunda”. Já o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, interrompeu suas férias e ordenou uma investigação e anunciou a inspeção de “toda frota aérea civil ucraniana”, independentemente da causa do acidente.

Devido a toda tensão entre Irã e Estados Unidos, as autoridades iranianas afirmam que não entregarão as caixas pretas da aeronave à fabricante Boeing, de origem americana, ou a qualquer outra autoridade daquele País. A Boeing, afirmou, em nota, estar pronta para ajudar no que for preciso.

Cabe aqui um esclarecimento, segundo a Convenção Internacional de Aviação Civil, da qual o Irã é signatário, prevê que fica responsável pela investigação o país onde a aeronave caiu (ou de onde ela partiu) – nesse caso, o Irã. Porém, a convenção prevê que o país fabricante (os EUA) e a empresa que o produziu, que é a Boeing, participem da investigação e tenham acesso às informações das caixas-pretas imediatamente. Agora é esperar para ver o desfecho.

A companhia Ukrainian International Airlines, proprietária da aeronave, afirmou, por meio de comunicado que a chance de um erro humano ter provocado o acidente é mínimo. A última revisão da aeronave aconteceu na segunda-feira, dia 6/1.

Vamos aguardar a abertura das caixas pretas para sabermos, ao certo, o que aconteceu em mais uma tragédia que levou 176 vidas.