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Confrontos em Hong Kong 

Hong Kong é palco há mais de 6 meses de distúrbios, com marchas acompanhadas por milhões de pessoas, além de confrontos nos quais a polícia dispara bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha –e manifestantes respondem com bombas de gasolina.

Antes da meia-noite desta 3ª feira (31.dez.2019), milhares de manifestantes se reuniram em todo o centro financeiro, inclusive ao longo da orla marítima de Victoria Harbour e na área boêmia da cidade, Lan Kwai Fong.

Muitos deram as mãos, formando uma longa cadeia humana em Hong Kong. A fila humana, com uma extensão de quilômetros, percorreu as ruas da cidade, com os manifestantes a cantarem o hino de protesto, e a ergueram cartazes, pedindo a continuação da batalha pela democracia em 2020.

Os manifestantes em frente ao porto fizeram uma contagem regressiva, e cantaram slogans pedindo a libertação de Hong Kong, e acenderam seus telefones em 1 mar de luzes.

Multidões menores de manifestantes no distrito de Mong Kok atearam fogo em barricadas –e a polícia de choque desencadeou os primeiros disparos de gás lacrimogêneo de 2020 em resposta.

A polícia usou canhões d’água para tentar dispersar manifestantes na mesma área, enquanto, no bairro próximo de Prince Edward, policiais prenderam vários manifestantes em vigília à luz de velas.

O presidente da China, Xi Jinping, afirmou nesta 3ª feira (31.dez) que deseja “o melhor para Hong Kong” e pediu estabilidade e prosperidade à região.

O chefe de Estado citou como exemplo Macau, que, assim como Hong Kong, segue o modelo de “1 país, 2 sistemas”, segundo o qual ambas as antigas colônias pertencem à China, mas contarão com 1 elevado grau de autonomia em várias áreas durante os 50 anos posteriores às saídas das metrópoles coloniais. O prazo termina em 2047 para Hong Kong e em 2049 para Macau.