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Dívida Pública Federal cresce 6% em 2022, encerrando ano em R$ 5,95 trilhões

O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) apresentou um aumento de R$ 337,8 bilhões em 2022, ou seja, alta de aproximadamente 6,0% em relação ao ano anterior. Segundo o Tesouro Nacional, essa variação da DPF se explica pela apropriação de juros no valor de R$ 556,0 bilhões, compensada parcialmente pelo resgate líquido de R$ 218,2 bilhões.

De acordo com os dados divulgados nesta quinta-feira (26) pelo Tesouro Nacional, o estoque da dívida em 2022 ficou abaixo do limite inferior do Plano Anual de Financiamento (PAF), devido, principalmente, ao resgate líquido da DPMFi (Divida Publica Federal Mobiliaria interna) de R$ 211,3 bilhões.

“Esse valor corresponde a uma taxa de refinanciamento (emissões/resgates) da DPMFi de 83,3%, que se deve, principalmente, à realização de emissões em montantes abaixo da média em meses de maior volatilidade do ano.”, afirma o documento.

Ainda segundo o Tesouro, o custo médio da DPF apresentou alta em 2022 por conta do movimento de alta na taxa básica de juros, a Selic, e seus reflexos na curva de juros doméstica.

Após atingir o menor valor da série histórica em fevereiro de 2021 (7,15% ao ano), o custo médio acumulado em 12 meses do estoque da DPMFi voltou a subir, atingindo 10,8% ao ano no final de 2022.

A reserva de liquidez da dívida encerrou 2022 com estoque de R$ 1,18 trilhão, montante equivalente a cerca de 8,4 meses de vencimentos da dívida em mercado. “Este patamar traz elevada segurança para a gestão da dívida, principalmente se considerarmos que a referência mínima entendida como de segurança equivale a três meses de vencimento.”, afirma o Tesouro.

Segundo o Tesouro, a permanência do colchão da DPF em patamares elevados ocorreu principalmente pela entrada de recursos de outras fontes, como pagamento de créditos do BNDES à União, e a alocação de R$ 21,3 bilhões de recursos livres para pagamento de dívida, reduzindo o impacto dos resgates líquidos no colchão da dívida.

“Citamos as desvinculações de fundos (R$ 46,7 bilhões), o retorno de créditos da União junto a Bancos Públicos (R$ 95,1 bilhões), dos quais a maior parte refere-se aos pagamentos antecipados de empréstimos do BNDES (R$ 72,3 bilhões), ao recebimento de créditos junto a entes subnacionais (R$ 43,5 bilhões), ao resultado do Banco Central (R$ 72,8 bilhões) e aos dividendos (R$ 87,0)”, diz a Fazenda.

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