O mês da Consciência Negra foi marcado por atividades pedagógicas de conscientização e combate ao racismo nas escolas da rede municipal de Educação de Americana. A Base Nacional Curricular Comum (BNCC) prevê o ensino da história e cultura afro-brasileira no Ensino Fundamental e o conteúdo é contemplado pelo material didático utilizado por estudantes no município.
No Centro Integrado de Educação Pública (CIEP) Prof. Philomena Magaly Makluf Rossetti, no São Vito, um dos trabalhos teve como ponto de partida a leitura do livro “Princesas São Diferentes”, da escritora americanense Tânia Alexandre Martinelli. Os estudantes do 4ºB reescreveram a história de forma coletiva, contribuindo com ideias e recriando aspectos importantes do texto. Além disso, foi realizada uma atividade de produção textual com base em uma tirinha, incompleta. Eles foram desafiados a criar um final para a tira, exercitando a criatividade, a coesão e a coerência textual.
Em uma vivência de capoeira na mesma escola, as crianças dos 1º e 2º anos tiveram a oportunidade de aprender sobre a história e a origem da capoeira, além de manusear instrumentos típicos e praticar alguns movimentos básicos.
Outra turma utilizou a Sala Maker, adotada na gestão Chico Sardelli e Odir Demarchi, para criar kabuletês, um instrumento de percussão de origem africana. E também houve leitura do poema “Malika”, de Isabel Cristina Silveira Soares, com apresentação da boneca e de suas amigas, além de pintura de máscaras africanas.
O CIEP Prof. Oniva de Moura Brizola, no Zanaga, promoveu oficinas artísticas com estudantes dos 5º anos, com temas sobre preconceito e discriminação racial, em parceria com a Secretaria de Cultura e Turismo. Os estudantes criaram corujas nas oficinas com massinha, com o apoio dos artistas indicados pela secretaria, e produziram um mural com recorte de notícias e figuras importantes.
Um mural com personalidades negras com nomes de A a Z também foi instalado no CAIC Prof. Sylvino Chinelatto. Rebeca Andrade, Vini Júnior, Iza e Nelson Mandela estão entre as pessoas destacadas no mural alusivo ao Dia da Consciência Negra.
Na Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Darcy Ribeiro, as crianças partiram de música ou vídeo sobre racismo para, posteriormente, registrarem as suas impressões em desenhos. A EMEF Florestan Fernandes montou uma exposição para exibir os trabalhos dos estudantes, enquanto na EMEF Prof. Milton Santos vídeos, leituras e estudos sobre a cultura africana no Brasil, Zumbi dos Palmares e respeito às diferenças resultaram na criação de um mural de desenhos.
A educação especial também foi contemplada com atividades pedagógicas sobre o tema: na EMEF Prof. Jonas Corrêa de Arruda Filho, os estudantes das salas de AEE (Atendimento Educacional Especializado) criaram bonecas Abayomi, símbolo de resistência e tradição africana. A boneca Abayomi é usada em práticas pedagógicas para transmitir e valorizar a cultura africana.
“A rede municipal de Educação de Americana é composta por educadores conscientes e conscientizados em formações sobre a responsabilidade em orientar crianças e adolescentes sobre o respeito às diferenças. As atividades pedagógicas alusivas ao dia da Consciência Negra se estenderam também à Educação Infantil, como forma de ampliar a percepção sobre si mesmas e sobre os outros, reconhecendo e respeitando as diferenças intrínsecas como seres humanos”, declarou o secretário de Educação, Vinicius Ghizini.