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Ibovespa fecha no menor patamar em mais de dois meses e dólar sobe, com exterior e cena local no foco

Os papéis da Petrobras e de ativos ligados à economia, o Ibovespa fechou em queda nesta segunda-feira. O principal índice da B3 foi pressionado pela baixa dos papéis da Petrobras e de ativos ligados à economia local, em dia de avanço dos juros futuros.

As taxas acompanharam o movimento de valorização dos títulos do Tesouro americano, os Treasuries. No pregão, os investidores repercutiram as projeções contidas no boletim Focus, além de monitorarem as negociações sobre as pautas econômicas no congresso.

O Ibovespa caiu 0,85%, aos 114.429 pontos. É o patamar de fechamento mais baixo desde o pregão de 05 de junho, quando o índice encerrou aos 112.696 pontos.

– (Os Treasuries) influenciam bastante na nossa Bolsa, mas há outros fatores como a redução da taxa de juros na China abaixo do esperado – destaca operador de renda variável da Manchester Investimentos, André Luiz Rocha.

Petrobras ON e PN caíram 0,99% e 0,70%, respectivamente. Vale ON caiu 0,03% e CSN ON, 0,49%. Usiminas PN avançava 0,44%. No setor financeiro, Itaú PN e Bradesco PN tiveram quedas de 0,41% e 0,72%, respectivamente. Entre as maiores altas, São Martinho ON subiu 1,18% e Petz ON, 2,45%. Na ponta negativa, IRB Brasil ON caiu 9,24%. Carrefour ON cedeu 4,14% e Yduqs ON, 3,86%.

O dólar fechou em alta nesta segunda-feira. No exterior, a moeda americana apresentou desvalorização ante divisas fortes e comportamento misto contra pares do real.

Os investidores seguiram avaliando o avanço dos rendimentos dos títulos do Tesouro americano, os Treasuries em meio a preocupações com o ciclo de aperto de juros promovido pelo Federal Reserve, BC americano, e pela emissão de mais títulos diante do alto endividamento dos EUA.

O dólar subiu 0,22%, negociado a R$ 4,9781, após atingir a máxima de R$ 4,9964.

– O fator externo tem prejudicado mais nesse momento. Há ainda o fator asiático, com a crise do setor imobiliário chinês, assustando os investidores que buscam um pouco mais de segurança na renda fixa – disse o analista da CM Capital, Alex Carvalho.

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