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“Inflação do aluguel”: IGP-M cai 0,95% em abril

O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), apelidado de “inflação do aluguel”, recuou 0,95% em abril, após alta de 0,05% em março, informou nesta quinta-feira (27) a Fundação Gétulio Vargas (FVG). Em abril do ano passado, o IGP-M havia subido 1,41%. Com o resultado, o indicador acumula deflação de 0,75% em 2023 e de 2,17% em 12 meses. É a primeira vez que o índice apresenta deflação em 12 meses desde fevereiro de 2018. Em pesquisa com analistas o recuo foi de 0,74% na aferição mensal.

“Os preços de importantes commodities para o setor produtivo seguem em queda. Soja (-9,34%), milho (-4,33%) e minério de ferro (-4,41%) abrem espaço para descompressão dos custos de importantes segmentos varejistas, favorecendo a chegada desses efeitos nos preços ao consumidor”, afirma o coordenador dos Índices de Preços da FGV.

“O IPC, ainda que esteja registrando desaceleração, segue pressionado pelos reajustes de preços administrados, como gasolina (2,39%), energia (1,31%) e medicamentos (2,02%). Além disso, os serviços livres também persistem com inflação em elevado patamar. Entre os itens deste segmento, vale destacar o aluguel residencial com alta de 1,31% em abril.”

Já o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 1,45%, após queda de 0,12% em março. O resultado, de acordo com a pesquisa, foi influenciado pelo subgrupo de alimentos processados, que passou de -0,96% para 0,6% no mês.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), por outro lado, avançou 0,46% em abril, desacelerando após alta de 0,66% em março. Três dos oito componentes do índice recuaram neste mês, com a maior contribuição vindo de Transportes, que, puxado pelos preços da gasolina, variou de 2,22% para 0,85%. Habitação e Comunicação também recuaram, a, respectivamente, 0,62% e 0,21%.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,23% em abril, em comparação ao avanço de 0,18% em março. Os três componentes do índice avançaram neste mês: Materiais e Equipamentos (-0,07% para 0,14%), Serviços (0,88% para 0,65%) e Mão de Obra (0,27% para 0,23%).

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