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Ismail Haniyeh, chefe do grupo terrorista Hamas, é assassinado no Irã

O chefe do grupo terrorista Hamas Ismail Haniyeh foi morto em Teerã, no Irã, na madrugada desta quarta-feira (31). A informação foi dada em comunicados divulgados pelo próprio Hamas e pela Guarda Revolucionária do Irã, tropa de elite do exército iraniano, que investiga o assassinato. Um dos guarda-costas de Haniyeh também foi morto.

Haniyeh era o principal nome do braço político do grupo terrorista e foi assassinado durante uma visita a Teerã para a posse do novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, segundo o próprio Hamas. Autoridades internacionais, como o vice-presidente brasileiro, Geraldo Alckmin, participaram do evento. Alckmin, inclusive, aparece em vídeo na cerimônia ao lado de Haniyeh, horas antes de ele ser morto.

O assassinato ocorreu no mesmo dia em que Israel bombardeou Beirute, capital do Líbano. O alvo foi Fuad Shukr, considerado o chefe número dois do grupo extremista libanês Hezbollah. Um comunicado oficial das Forças de Defesa de Israel informou que ele morreu na explosão. O Irã acusou Israel pelo assassinato do chefe do Hamas e prometeu “punição severa”. Israel ainda não havia se manifestado diretamente sobre o caso até a última atualização desta reportagem. No entanto, sem confirmar ou negar autoria no ataque, o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, afirmou que “Israel não quer guerra, mas estamos preparados para todas as possibilidades”.

Segundo a TV estatal iraniana, Ismail Haniyeh foi morto às 2h de quarta, horário de Teerã (20h de terça em Brasília), enquanto estava numa residência de veteranos de guerra no norte da capital iraniana. Os comunicados não dão detalhes sobre como o líder do Hamas foi morto. Ninguém assumiu imediatamente a responsabilidade pelo assassinato.

Israel não comentou o caso, mas já havia prometido matar Haniyeh e outros líderes do Hamas após o ataque do grupo em 7 de outubro, que matou 1.200 pessoas e fez outras cerca de 250 reféns. No comunicado, o Hamas afirma que Haniyeh foi morto num “ataque aéreo traiçoeiro a sua residência em Teerã”. Grupos palestinos convocaram uma greve geral e manifestações em massa após o assassinato de Haniyeh.

Em maio, Haniyeh teve a prisão pedida pelo procurador-chefe do Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra durante o conflito entre Israel e Hamas. Na ocasião, houve pedido de prisão de outros dois chefes do Hamas, assim como do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e seu ministro da defesa, Yoav Gallant.

Não houve reação dos Estados Unidos. A administração de Joe Biden tenta pressionar o Hamas e Israel a concordarem com um cessar-fogo temporário e um acordo de libertação de reféns.

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