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Judeus comemoram Rosh Hashaná e do Yom Kipur

Cerimônias acontecerão de maneira presencial, online, com transmissão pela TV e até mesmo em um Cinema Drive in

Quando aparecer a primeira estrela na noite de 18 de setembro, cerca de 120 mil judeus de todo o país vão iniciar as comemorações de duas das datas mais significativas e importantes do calendário judaico: o Rosh Hashaná, Ano Novo Judaico, e o Yom Kipur,  o Dia do Perdão, que é celebrado  em 27 de setembro (dez dias após a comemoração do Rosh Hashaná).

Este ano, por conta da pandemia, as comemorações  acontecerão de maneira diferenciada, refletindo a pluralidade da comunidade judaica.  Algumas Sinagogas vão fazer as cerimônias presenciais, com número reduzido de pessoas e dentro de todos os protocolos de segurança. Outras farão a transmissão 100% online e sem a presença de público. Há ainda as que lançaram mão da criatividade, como o Centro Cultural e Social Bnei Chalutzim,  localizado em Alphaville, que fará a finalização das rezas do Yom Kipur em  um  Cinema Drive In, onde as famílias acompanharão as rezas feitas por um cantor litúrgico e um Coral, de dentro dos seus próprios automóveis.

Pela primeira vez na história do Brasil,  os serviços judaicos serão transmitidos pela televisão.  A Congregação Israelita Paulista (CIP) irá transmitir as rezas de Rosh Hashaná e de Yom Kipur pela TV Aberta (Canal 9 da Net e Canal 8 da Vivo) e simultaneamente pelo site da CIP (www.cip.org.br/aovivo). “Isso é comum para as outras religiões, mas no judaísmo é algo realmente inédito. Se uma única pessoa contraísse o vírus em nossa sinagoga, as Grandes Festas teriam sido um fracasso. O Pikuach Nefesh, a obrigação de preservar vidas humanas é a nossa prioridade. Por este motivo, em 2020, estaremos com nossos congregantes pela internet e pela televisão.”, destacou o rabino Michel Schlesinger.

O toque do Shofar, instrumento feito de chifre de carneiro e que nos avisa da chegada dos “Dez dias de Arrependimento”, que começam com Rosh Hashaná e culminam com Yom Kipur, também será feito em diversas praças públicas.

“Daremos início ao ano de 5781 de uma forma diferente, nos adaptando aos novos tempos. Temos a certeza que nossas orações serão ouvidas para que todos tenhamos um ano melhor, livre da pandemia e com mais espiritualidade. Nossas sinagogas, cada uma a sua maneira, está se preparando para que todos tenham a possibilidade de cumprir com os preceitos desta festa”, declarou Ricardo Berkinensztat, presidente executivo da Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp).

Saiba mais sobre as Grandes Festas Judaicas

Alimentos simbólicos – O Ano Novo Judaico começa com uma celebração solene e também festiva da chegada do ano 5781. Vários alimentos simbólicos são ingeridos na refeição da primeira noite de Rosh Hashaná, entre eles, maçã com mel, para que se tenha um ano doce, chalá (pronuncia-se ralá), um pão em formato redondo, que simboliza a continuidade e o desejo de um ano sem conflitos e romã, para que os méritos sejam numerosos como suas sementes. O peixe é uma tradição: sempre nada para frente e sua cabeça pode ser oferecida ao decano da mesa como deferência especial. Ingredientes como vinagre ou raiz forte devem ser evitados, para que o ano não seja amargo.

Nas sinagogas, as orações incluem o toque do Shofar, instrumento feito de chifre de carneiro e que nos avisa da chegada dos “Dez dias de Arrependimento”, que começam com Rosh Hashaná e culminam com Yom Kipur.

Ao anoitecer de 27 de setembro tem início o Yom Kipur. Esta é considerada a data mais sagrada do calendário judaico, em que se faz jejum para atingir uma introspecção completa e pede-se o perdão dos pecados cometidos.

Fonte Assessoria de imprensa Fisesp