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Movimento AR reúne PM dos estados de SP e BA,

Líder do Movimento AR, José Vicente, convida PM da Bahia para integrar comitê Segurança do Futuro 

Ontem, 27 de janeiro, o líder do Movimento AR, José Vicente, reuniu, na Universidade Zumbi dos Palmares, oficiais da Polícia Militar do Estado de São Paulo e da Bahia para uma Roda de Conversas sobre a questão da segurança pública e  as mudanças nos protocolos de abordagem, principalmente contra negros. 

A reunião que teve como objetivo apresentar o Projeto Segurança do Futuro, criado pelo Movimento AR em 2020 em conjunto com  a Secretaria de Segurança Pública de SP, PM SP e as Universidades: FGV, PUC, Unesp, Unicamp, Unifesp, Universidade Federal do ABC, USP e Universidade Zumbi dos Palmares, criou o Comitê Segurança do Futuro em agosto de 2020. Está sendo elaborado um dossiê a ser apresentado em janeiro de 2022 com as sugestões propostas.

Para  Dr. Elizeu Soares Lopes, da ouvidoria da PM de SP:  “ O problema da abordagem policial se soma à necessidade de combater o racismo de forma estrutural, uma luta que levamos à frente pela equidade racial”.  De acordo com o Cel.Evanilson Souza,PM SP: “A PM de SP e da Bahia são as que mais empregam policiais negros, é preciso fazer a preservação das instituições mostrando que o negro tem espelho, tem perspectiva, não podemos permitir que nos coloquem à margem da sociedade”.

Durante o evento a Capitã Thais Andrade da PMBA ponderou:  “Como mulher negra, capitã da PM, é um privilégio conhecer um projeto Universidade Zumbi dos Palmares, voltada à educação preparada e voltada para negros, sinto não termos uma instituiçã assim na Bahia.  Em nossa luta diária pela igualdade racial, temos que usar o exemplo de nossos ancestrais que, mesmo em condições de escravidão conseguiram mudar muito a situação de nosso povo”, finalizou.

Também pela PMBA, o  capitão Silvio Conceição do Rosário afirmou que: “Quando tiro a farda estou do outro lado e sinto como um homem negro é abordado, nem sempre por suas ações, mas por sua estética. Nos perguntamos, qual nosso papel? Para mudar os paradigmas é preciso fazer a alteração além do policiamento e sim da segurança pública, pois esta discussão de padrões e protocolos é muito ampla. As mudanças de abordagem que forem adotadas para negros, servirá também para brancos, a sociedade toda se beneficia”, conclui. 

O líder do Movimento AR e reitor da Universidade Zumbi dos Palmares, José Vicente falou um pouco da história de como foi  colocar em prática o sonho de capacitar negros para mudar a realidade de suas vidas por meio da edudação. José Vicente finalizou o encontro convidando a PMBA a integrar o Comitê Segurança do Futuro para contribuir com o projeto. “Lutar sozinho não é uma tarefa fácil, estamos reunindo cada vez mais recursos para juntos, conseguirmos construir, superar sempre com ações afirmativas e políticas públicas o futuro dos negros, de uma forma melhor que encontramos”. Vicente acrescenta:”Temos um compromisso histórico, nossos desafios estão estruturados em cima da construção de ideais concretos para a mudança efetiva das vidas negras”.

Pela PM de São Paulo participaram: Cel.Evanilson Souza, Cel. Mário Filho e o Capitão Ciampobe. Os oficiais da PM da Bahia que estavam presentes e conheceram mais sobre as propostas do Movimento AR para Segurança do Futuro são: Cap. PMBA Thaís Ramos Trindade,  Cap. PMBA Elma Pimentel do Carmo, Cap. PMBA Silvio Conceição do Rosário, Cap. PMBA Jalba Santiago dos Santos Segundo. Participaram ainda, os integrantes da ouvidoria da Polícia de São Paulo:  Dr. Elizeu Soares Lopes e José Alberto Saraiva Fernandes.

A Meta 02, do Manifesto elaborado pelo Movimento AR prevê a mudança de protocolos policiais para impedir técnicas de sufocamento e estrangulamento em abordagens policiais, bem como, disparos letais de arma de fogo em abordagens, ou disparos de arma de fogo em invasões, ocupações, favelas e comunidades.

O Movimento AR é uma mobilização voluntária, com propósito de realizar mudanças e transformações sociais através de ações efetivas de combate ao racismo, ao preconceito e à discriminação racial contra negros. O movimento é liderado pela Universidade Zumbi dos Palmares e pela Ong Afrobras. 

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Fonte: Assessoria de Imprensa Movimento AR