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Padre Kelmon rebate a Igreja Ortodoxa que diz que ele nunca foi padre

Padre Kelmon, candidato à Presidencia pelo PTB, contestou nesta terça-feira (27) a informação de que não teria relação com organizações religiosas. Em nota divulgada no último dia 14, a Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia no Brasil afirmou que o petebista não tem ligações com organizações ortodoxas presentes no país.

Por meio de sua assessoria, o candidato compartilhou um vídeo atribuído ao arcebispo Ángel Ernesto Morán Vidal, da Igreja Católica Apostólica Ortodoxa do Peru, para confirmar os vínculos com esta organização religiosa.

Na nota do último dia 14, a Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia no Brasil disse que a Igreja Católica Apostólica Ortodoxa do Peru não possui relações oficiais com os representantes da religião.

Ainda segundo a Igreja Sirian Ortodoxa, Kelmon “não é membro” da igreja em nenhuma das paróquias e “não é nem nunca foi seminarista ou membro do clero em nenhum dos três graus da ordem (diácono, presbítero/padre e bispo)”.

A nota também diz que Kelmon não possui ligação com as outras organizações ortodoxas como a Igreja Copta Ortodoxa de Alexandria, Igreja Apostólica Armênia, Igreja Sirian Ortodoxa Malankara, Igreja Ortodoxa Etíope ou Igreja Ortodoxa Eritreia.

Em outra nota publicada, a Igreja Sirian Ortodoxa diz que nenhum dos “‘bispos’ ou representantes legais hierárquicos” da Igreja Católica Apostólica Ortodoxa do Peru “jamais foram ordenados, sagrados ou tiveram suas ‘sagrações episcopais’ confirmadas por nenhum bispo ou Patriarca de nossa Igreja”.

Em carta, a instituição nega a criação do braço da igreja por Angel Moran Vidal e que o mesmo fica “proibido de usar ou permitir o uso de ritos, vestimentas” e “uso o nome da igreja”.

Em carta divulgada pela assessoria do candidato do PTB, a Igreja Católica Apostólica Ortodoxa do Peru argumenta que a organização é independente (“autocefala”), com “reconhecimento oficial pelo Estado da República do Peru”.

De acordo com a nota, Kelmon pediu “licença eclesiástica” para concorrer às eleições deste ano, a permissão foi concedida em 2 de agosto.

Ainda segundo a assessoria, Kelmon, “antes de fazer parte da Igreja Católica Apostólica Ortodoxa do Peru, foi membro da Igreja Apostólica Ortodoxa da América, onde foi ordenado padre em 2 de agosto de 2015 pelo bispo Kyrios Ioannis de Santa Catarina”.

Em nota divulgada na segunda-feira (26), Kelmon diz que “é reconhecido como Pároco Interino sediado no Vicariato Episcopal do Brasil, sendo responsável pela Missão Paroquial Ortodoxa Malankar de São Lázaro na Ilha de Maré, Estado da Bahia”.

Segundo a autodeclaração do registro do candidato no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Padre Kelmon possui a ocupação de “sacerdote ou membro de ordem ou seita religiosa”. Ele se tornou o candidato à Presidência depois de Roberto Jefferson ser barrado pela Justiça Eleitoral. Até então, ele era o candidato a vice-presidente na chapa.

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