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Paulinho da Força é absolvido

Dois ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votaram hoje (10) pela absolvição do deputado federal Paulinho da Força (SD-SP). O parlamentar foi acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) do suposto envolvimento em desvios de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) por meio de contratos com a prefeitura de Praia Grande (SP) e as Lojas Marisa.

O julgamento foi inciado pela Primeira Turma da Corte, mas foi interrompido por um pedido de vista do ministro Luís Roberto Barroso. Não há data para a retomada do julgamento.

Até o momento, o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, manifestou-se pela absolvição do parlamentar por entender que a procuradoria não apresentou provas sobre a participação de Paulinho da Força nas supostas irregularidades. O entendimento também foi seguido pelo ministro Marco Aurélio. Faltam os votos do ministro Luiz Fuz e da ministra Rosa Weber.

Em seu voto, Moraes disse que o Ministério Público não provou que Paulinho teria sido beneficiado com os recursos ou que tenha influenciado na elaboração dos contratos. Segundo o ministro, a acusação foi feita com base em deduções de relatórios de inteligência da Polícia Federal (PF).

“Carece de provas a possibilidade apontada pela PGR. Não se comprovou essa participação e não se comprovou que [recurso] tenha chegado às mãos do réu [Paulinho].”, afirmou Moraes.

Além disso, segundo o relator, servidores do BNDES que foram ouvidos na condição de testemunhas disseram desconhecer qualquer interferência do deputado na liberação de recursos do banco. O ministro também citou que o banco fez uma auditoria interna que concluiu que os convênios foram executados de acordo com as regras internas.