Profissionais de saúde de Americana recebem orientações sobre atendimento a vítimas de violência
A Prefeitura de Americana, por meio da Secretaria de Saúde, em parceria com o Conselho Tutelar, iniciou nesta sexta-feira (10) um ciclo de orientações voltado aos profissionais da Atenção Básica sobre o protocolo de atendimento a crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência. As atividades, que seguem até novembro, têm o objetivo de fortalecer a atuação das equipes na identificação, escuta qualificada e encaminhamento adequado dos casos, garantindo um cuidado mais humanizado e integrado.
A capacitação busca aprimorar a escuta, o reconhecimento de situações de violência e a correta aplicação do protocolo de atendimento, além de reforçar a importância da comunicação obrigatória dos casos ao Conselho Tutelar. Serão realizados sete encontros, com foco no fortalecimento da rede de proteção e na garantia dos direitos de crianças e adolescentes.
Participam médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, recepcionistas e agentes comunitários de saúde. A primeira reunião ocorreu na sede da Secretaria de Saúde e abordou fluxos de atendimento, acolhimento humanizado e integração entre os serviços da rede municipal.
“O enfrentamento à violência contra crianças e adolescentes exige sensibilidade e preparo. Cada profissional que participa dessa capacitação torna-se um elo fundamental na proteção dessas vítimas. É por meio do conhecimento e da articulação entre os serviços que conseguimos agir de forma rápida e eficiente”, destacou o coordenador do Conselho Tutelar, Rodrigo Miletta.
A diretora da Unidade de Serviços de Saúde Básica e Preventiva, Simone Maciel, ressaltou que a atualização dos protocolos reforça o compromisso do município com um atendimento mais humanizado. “Quando o profissional sabe como proceder diante de um caso suspeito, ele transforma a escuta em acolhimento e o acolhimento em proteção. Essa preparação é o que garante que nenhuma situação seja ignorada e que cada criança ou adolescente receba o cuidado que merece”, afirmou.
A iniciativa integra as atribuições do Conselho Tutelar, conforme previsto no artigo 136, inciso XII, do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que determina a promoção de ações de divulgação e treinamento para o reconhecimento de sintomas de maus-tratos e sua comunicação ao Conselho Tutelar (incluído pela Lei nº 13.046/2014).