Semana ao combate à mortalidade materna e ao glaucoma
Esta última semana de maio é fortemente marcada por efemérides de promoção da saúde. Inclusive, temos duas datas que andam juntas e são de grande importância. O Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher e o Dia Nacional de Luta pela Redução da Mortalidade Materna, ambos celebrados em 28 de maio. No mundo todo, 300 mil mulheres morrem anualmente em decorrências de problemas na gravidez ou no parto.
No Brasil, a mortalidade materna atinge sobretudo as gestantes pretas e pardas, em 2022, o número de óbitos a cada 100 mil nascidos vivos de mães pretas foi de 110,6 – o dobro do índice da população em geral, que é de 57,7 mortes a cada 100 mil nascidos vivos.
Este mês também temos a campanha Maio Verde, cujo carro chefe é o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, celebrado no dia 26. A doença provoca a atrofia do nervo óptico, responsável por conectar o olho ao cérebro, interrompendo a transmissão dos sinais entre esses dois órgãos. A enfermidade é a maior causa de cegueira irreversível no Brasil, e acomete cerca de 2,5 milhões de pessoas, segundo a Sociedade Brasileira de Glaucoma. O diagnóstico precoce, por meio de exames periódicos, é a melhor forma de detectar a doença e iniciar o tratamento do glaucoma.
O Dia Mundial sem Tabaco é celebrado em 31 de maio. A efeméride foi instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que alerta que o tabagismo mata mais de oito milhões de pessoas anualmente em todo o mundo. E cerca de 1,2 milhão desses óbitos são de não fumantes, expostos ao fumo passivo. Em 2024, a campanha se voltou para o problema dos cigarros eletrônicos, que tiveram um aumento vertiginoso de 600% no consumo nos últimos seis anos, impulsionado pela falsa ideia de que esses dispositivos fazem menos mal do que os cigarros tradicionais.
Nesta semana temos o Dia Nacional da Adoção, fixado em 25 de maio. A data começou a ser celebrada no Brasil a partir de 1996, com a finalidade de estimular uma reflexão sobre o número considerável de crianças que esperam adoção nos abrigos em todo o país, e promover campanhas de conscientização sobre o tema. Os dados mais recentes do Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento apontam que há quase 3.800 crianças e adolescentes esperando por um lar. Na outra ponta, há mais de 46 mil pretendentes cadastrados. A preferência por meninas brancas, com menos de dois anos, é o que gera este descompasso, uma vez que a maioria dos abrigados é composta por crianças pardas ou pretas e mais velhas.