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SP Sem Fogo implanta 1.500 km de aceiros para evitar propagação de focos

Com o objetivo de diminuir os focos de incêndio no Estado e impedir que o fogo alcance as áreas protegidas, a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), por meio da Operação SP Sem Fogo, realizou uma série de medidas preventivas ao longo da temporada de seca, sendo uma delas a abertura de mais de 1.500 quilômetros de aceiros mecânicos até outubro. A ação, a cargo da Fundação Florestal (FF), consiste em criar faixas de terreno onde a vegetação, em sua maioria gramíneas e espécies invasoras, é removida, reduzindo o material combustível em caso de incêndio. Essas faixas atuam como barreiras, impedindo ou retardando a propagação do fogo para dentro das áreas preservadas. Além disso, os trechos abertos possibilitam o deslocamento das brigadas de incêndio, possibilitando uma rápida resposta dos brigadistas.
 

Os aceiros mecânicos são aqueles nos quais são usadas máquinas para a abertura, tratores acoplados a implementos agrícolas como plainas e roçadeiras. A Fundação Florestal realiza o trabalho com apoio de instituições parceiras ao longo do estado, dentre elas empresas de papel e celulose, indústrias de cana-de-açúcar, proprietários rurais, prefeituras, concessionárias de rodovias e ferrovias, entre outros.
 

Com manutenção contínua, a prática foi intensificada na fase amarela como medida preventiva para anteceder o período mais seco do ano, que vai de junho a outubro. “Fogo é resposta. E quanto mais rápida a resposta, menor o problema”, avalia Vladimir Arrais, coordenador da Operação SP Sem Fogo na Fundação Florestal. “A presença de nossas equipes é essencial para dar agilidade ao processo. Junto com os aceiros, o trabalho humano tem mostrado bons resultados”, completa. Ainda segundo Arrais, 1.500 pessoas foram capacitadas com treinamentos para combater e prevenir incêndios.
 

Os aceiros são realizados em todas as unidades da Operação SP Sem Fogo, conforme estabelecido na Resolução SIMA 12/2020, que implanta e organiza os Polos Regionais da operação Unidades de Conservação e demais Áreas Protegidas do Estado de São Paulo. Atualmente, estão em funcionamento sete Polos, sendo eles nas regiões de Ribeirão Preto, Metropolitana de São Paulo, Itapetininga, Central, Assis e Aguapeí, totalizando 73 unidades de conservação.
 

A divisão dos polos tem como objetivo, ainda, aumentar a capacidade de redução dos riscos e ampliar a resposta aos incêndios florestais no interior ou entorno dessas áreas. As unidades inseridas nos Polos podem compartilhar seus equipamentos, veículos e recursos humanos para assegurar a realização de ações preventivas, de preparo e combate ao fogo, bem como atuar na área de entorno para evitar que ocorram danos à vegetação nativa.
 

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