Principais

TSE realiza verificação dos sistemas das Eleições 2020

Ontem (14), véspera das Eleições Municipais 2020, a Secretaria de Tecnologia da Informação (STI) do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) verificou a assinatura do sistema de totalização dos votos. O procedimento, que aconteceu no Centro de Divulgação das Eleições (CDE/TSE), foi realizado sem apresentar qualquer ocorrência.

Após a cerimônia, o vice-presidente do Tribunal, ministro Edson Fachin, destacou a importância dessa fase de comprovação que atestou que o sistema de totalização é idêntico ao que foi assinado e lacrado na última sexta-feira (6). Os softwares verificados foram: Informação de Arquivos de Urna (InfoArquivos); Receptor de Arquivos de Urna (RecArquivos); e Sistema da Totalização (Sistot).

Ao perguntar ao secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Giuseppe Janino, sobre as “perspectivas para amanhã”, o ministro Edson Fachin elogiou a segurança e as medidas adotadas, demonstrando satisfação ao saber que o Tribunal prevê a divulgação final do resultado das eleições para prefeito e vereadores, em algumas cidades, apenas 20 minutos depois do início da apuração. “Muito bom! Meus cumprimentos a todos”, disse. A seguir, ao ser informado que todos os resultados estarão concluídos até às 24h de hoje (15), ele fez questão de cumprimentar o secretário: “Excelente!”.

Durante o evento, Giuseppe Janino revelou que em 2020 o TSE adotou uma importante mudança de paradigma. “Até a eleição passada, a totalização era feita nos datacenters dos 27 Tribunais Regionais Eleitorais (TREs). Cada órgão fazia a recepção, verificação e soma dos votos, cabendo ao TSE proceder a leitura desses bancos de dados e, também, a divulgação dos resultados”, explicou.

Vantagens

Segundo Giuseppe, agora o trabalho está concentrado no Tribunal. Ou seja, todos os boletins serão transmitidos para o datacenter do TSE. Para tanto, foi constituída uma arquitetura de nuvem computacional, tecnologia moderna que apresenta inúmeras vantagens.

A primeira é a economicidade. Até 2018, os TREs precisavam de dois equipamentos: o principal e o de backup. “Conseguimos baixar bastante os custos, concentrando em um processo de nuvem, fazendo a virtualização de equipamentos”, contou.

Outro ganho é a questão de segurança. Na medida em que havia 27 pontos distribuídos, por tabela, tinha 27 possibilidades de ataque. “Centralizando, há uma queda significativa no risco da vulnerabilidade”, acentuou Giuseppe, lembrando que o datacenter do TSE tem certificados internacionais de segurança.

O secretário frisou também que a mudança de paradigma trouxe ainda outra vantagem: a elasticidade. “No modelo antigo, alguns estados usavam cerca de 15% da capacidade de seus equipamentos, enquanto outros, como São Paulo, batiam 100%. Com o novo formato, conseguimos compartilhar, efetivamente, o poder de processamento e atender as demandas de forma democrática”, concluiu ele.

Participaram da solenidade inúmeras autoridades, como o coordenador-geral da Delegacia de Polícia Fazendária da Polícia Federal, delegado Cléo Matusiaki; o especialista em Tecnologia Eleitoral da OEA, Alex Bravo; e o auditor federal da Controladoria-Geral da União, Rodrigo Ferreira. Estiveram presentes também representantes de outras entidades, como da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ministério Público Federal (MPF), Senado Federal, Câmara dos Deputados, Conselho Federal de Engenharia e Agricultura (Confea), Sociedade Brasileira da Computação (SBC), além de diversos convidados do Brasil e do exterior.

Previsão legal

A cerimônia de verificação dos sistemas eleitorais está prevista no artigo 40 da Resolução TSE nº 23.603/2019. No evento, técnicos da STI ressaltaram as especificidades dos softwares, lacrados e guardados na sala cofre do TSE. A verificação de cada sistema foi acompanhada por meio de projeção em telão.

Fonte: TSE