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Unicamp assina parceria com a Enel para prever extremos climáticos

A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) firmou, no início da semana, uma parceria com a empresa italiana de energia Enel para promoção de iniciativas com foco na transição energética e na previsibilidade de eventos extremos climáticos. O acordo foi assinado pelo reitor da universidade, Antonio José de Almeida Meirelles, e o CEO da Enel, Flavio Cattaneo, durante um encontro entre os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e da Itália, Sergio Mattarella.

A parceria científico-tecnológica assinada tem o foco na promoção de iniciativas na transição energética e na previsibilidade de eventos extremos climáticos. Com essa parceria, a Enel, que é líder em geração de energia eólica no País, e a Unicamp, solidificam o compromisso entre as instituições na área de Pesquisas e Desenvolvimento (P&D), pautada pelos princípios de inovação e sustentabilidade. A parceria abarcariam ações como o compartilhamento de pesquisas, a formação de recursos humanos e a realização de ações conjuntas relacionadas a atividades de desenvolvimento tecnológico.

“Com essa cooperação associada à transição energética e à previsibilidade de eventos climáticos extremos, nosso objetivo é que todo o conhecimento e tecnologia que já desenvolvemos e que venhamos a desenvolver conjuntamente nessas áreas se transformem rapidamente em produtos e serviços disponíveis para a população”, afirmou o reitor da Unicamp, Antonio José de Almeida Meirelles. 


O reitor afirmou ainda que a adequada previsibilidade de eventos climáticos extremos é essencial para a maior resiliência das redes de distribuição de energia. Além disso, ele destacou que acelerar a transição para fontes renováveis de energia é um imperativo para a mitigação do processo de aquecimento global. 

A empresa que atua nos segmentos de geração, comercialização e distribuição de energia elétrica, conta com 15,5 milhões de clientes residenciais, comerciais, industriais, rurais e do setor público em 274 municípios do país e também está presente nas áreas de energia solar e de energia eólica. Ao todo são três distribuidoras posicionadas nos estados do Rio de Janeiro, Ceará e São Paulo. 

Principal fornecedora de energia eólica no país, a Enel afirmou que a parceria “solidifica o compromisso entre as instituições na área de pesquisas e desenvolvimento, pautada pelos princípios de inovação e sustentabilidade”.  Segundo a empresa, o Brasil representa “um dos países mais importantes” em sua estratégia de crescimento, com previsão de US$ 3,7 bilhões em investimentos no plano industrial 2024-2026, um aumento de 45% sobre o programa anterior.  

Ainda de acordo com a Enel, na esteira dos eventos extremos que provocaram interrupções do abastecimento de energia em áreas sob sua concessão em 2023, a empresa decidiu intervir através de um plano que prevê, além de investimentos em qualidade e resiliência, um aumento da própria força de trabalho no Brasil.

Em junho, Lula deixou claro que o Brasil teria interesse em renovar o acordo de concessão de energia com a Enel, desde que a companhia assumisse o compromisso de investir no País. Na época, a empresa italiana informou que vai investir R$ 20 bilhões no Brasil nos próximos três anos, depois que suas áreas de concessão em São Paulo sofreram com apagões entre o final do ano passado e o início deste ano. 

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