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Zagallo, um dos personagens mais importantes da história do futebol, morre aos 92 anos

Mario Jorge Lobo Zagallo será eterno. Eterno jogador, técnico, professor, mestre, apaixonado pelo Brasil — um dos maiores nomes da história do futebol. O único a conquistar quatro Copas do Mundo.

A “Amarelinha”, símbolo maior do futebol brasileiro, Zagallo pode até não ter inventado a expressão, mas foi certamente o responsável por dar sentido a ela. Tema e tom preferidos de quem sempre defendeu com gritos, unhas e dentes o respeito à Seleção. “Vamos acreditar, hein! Vamos acreditar”, disse Zagallo, motivando o time na semifinal de 1998.

A camisa amarela jamais seria a mesma sem ele. Tudo começou em tempos de registros em preto e branco. O menino nascido em Alagoas foi criado na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro, bem perto de onde foi construído o Maracanã.

Nunca foi superstição, sempre foi fé no trabalho e em Santo Antônio.

“Eu sempre disse que não era trabalho de superstição, era coisa de fé. Era 13 de junho, porque minha mulher era devota de Santo Antônio, então, é religião, mas aí começou esse negócio de 13. Aí para o outro lado, né. Treze letras, e começou a sair um monte de coisa. Na hora saía com facilidade”, disse ele

“Zagallo Eterno” tem treze letras. Mas se a obra de um gênio do esporte é imortal, o corpo não é. Nos últimos anos, a cabeça continuava perfeita, mas o corpo cada vez mais frágil. Após algumas internações, no dia 26 de dezembro, Zagallo voltou ao hospital na Zona Oeste do Rio onde morreu na sexta-feira (5).

A pedido da família, o velório de Zagallo será aberto ao público, no domingo (7), na sede da Confederação Brasileira de Futebol, a partir das 9h30, e o sepultamento às 16h no Cemitério São João Batista, na Zona Sul do Rio.

Foi justamente na sede da CBF que Zagallo fez uma das últimas aparições públicas dele, em 2022, quando mostrou estar com o humor afiado ao conhecer uma estátua de cera feita para ele. No sorriso, ou no grito, caminhos opostos, mas certeiros para mostrar o amor pela Seleção.

Zagallo viveu para fazer os jogadores brasileiros acreditarem no próprio valor. Mesmo em dias pouco inspiradores, a eles cabe jogar por Zagallo e pela Amarelinha.

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