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Em clima de deboche, Globo tenta encurralar nosso presidente

O presidente Jair Bolsonaro (PL) abriu nesta segunda-feira (22) a sabatina que o Jornal Nacional, da TV Globo, vai fazer com os candidatos à presidência. Na entrevista, uma tentativa clara de encurralar o nosso presidente os jornalistas William Bonner e Renata Vasconcellos questionaram o presidente sobre pandemia, economia, aliança com o centrão, meio ambiente, educação e polícia federal.

Urnas eletrônicas e xingamentos a ministros do STF

Na primeira tentativa de encurralar o jornalista William Bonner fez questionamentos às urnas eletrônicas, o presidente Jair Bolsonaro disse que defende a transparência das urnas.

“Precisei provocar para que a gente tivesse eleição transparente. Tenho certeza que teremos eleições transparentes e que tudo vai ocorrer como deve”, afirmou.

Bolsonaro negou que xingou ministros do STF e disse que o jornalista propagava “fake news”.

Bonner então citou a declaração do presidente, que no ano passado chamou o ministro Alexandre de Moraes de “canalha”.

“Virar jacaré ao tomar vacina foi ‘figura de linguagem'”

O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que comprou vacinas contra a covid-19 e tempo hábil e que questionou, na ocasião, o contrato com a farmacêutica Pfizer.

“Comprei vacinas contra a covid-19 em tempo hábil. A primeira vacina no mundo foi dada em dezembro de 2020. Em janeiro de 2021 a gente já estava vacinando no Brasil”, disse.

Questionado sobre declarações contra a vacina, incluindo a afirmação de que as pessoas imunizadas poderiam “virar jacaré”, o presidente disse que se tratou de uma “figura de linguagem”.

Bolsonaro negou ter faltado solidariedade durante a pandemia e citou a criação do auxílio emergencial.

“Não adotei o politicamente correto. Defendi que o homem e a mulher fizessem o necessário para que levassem o pão para casa”, afirmou.

Questionado sobre o tratamento precoce, que a Organização Mundial de Saúde (OMS) indicou que não existia, Bolsonaro disse que seguiu o protocolo do então ministro da Saúde, Henrique Mandetta.

O presidente voltou a criticar o lockdown na época da pandemia, afirmando que prejudicou a economia onde foi adotada. 

“Muitas economias no mundo reconhecem hoje que o lockdown foi um erro”, afirmou. “Fizemos a nossa parte, poucos países no mundo fizeram o que nós fizemos aqui”, acrescentou.

“Cadê o duto de dinheiro vazando?”

O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que não havia provas contra o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, e os pastores envolvidos no escândalo de desvio de verbas do Ministério da Educação.

“Cadê o duto de dinheiro vazando?”, disse Bolsonaro, em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo.

O presidente disse que as denúncias de que pastores cobravam propina de prefeitos para liberar verbas para a educação começaram a ser investigadas pelo próprio governo.

Sobre as constantes trocas no MEC durante o governo, Bolsonaro afirmou que só conheceu as pessoas depois que elas chegaram ao cargo.

“Você está me estimulando a ser ditador”

O presidente Jair Bolsonaro (PL) negou que cede às pressões do centrão para governar, embora tenha admitido que os partidos de centro são necessários para a aprovação das reformas.

Questionado sobre a mudança de atitude em relação à campanha de 2018, quando se promoveu como candidato da “antipolítica”, Bolsonaro respondeu que o jornalista William Bonner o estava “estimulando a ser ditador”.

“São 513 deputados, sendo 300 de centro, pejorativamente chamados de centrão. Então os partidos de centro fazem parte da base para que nós possamos avançar em reformas”, afirmou.

Bolsonaro disse que no tempo dele como deputado “não havia Centrão” e negou ter aceitado pressão para indicar ministros. Ele citou a aprovação do Auxílio Brasil, afirmando que partidos de esquerda eram contra o parcelamento de precatórios — uma condição, segundo ele, para a distribuição do benefício.

“Ninguém quer destruir florestas de livre e espontânea vontade”

O presidente Jair Bolsonaro (PL) negou que seu governo incentiva o desmatamento da Amazônia e disse que ninguém quer destruir florestas por livre e espontânea vontade.

Ele afirmou que a maior parte do desmatamento que ocorre na região não é criminoso, e jogou no colo da Europa a responsabilidade pela mudança climática.

“Somos um exemplo de preservação do meio ambiente. A Europa ainda usa combustíveis fósseis”, disse ele, questionando por que não se fala da França ou da Califórnia, que sofrem com incêndios.

Bolsonaro insinuou que a Europa pressiona o Brasil por conta das questões climáticas por interesse no agronegócio. “Eles querem jogar o Brasil em escanteio por estão de olho no agronegócio”, afirmou.

“Números da economia são fantásticos”

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que a economia brasileira está indo bem, com ganho de emprego, e atribuiu a disparada da inflação a um problema global.

“Os números da economia são fantásticos quando comparado com o resto do mundo. O que acontece com a inflação não é só no Brasil. Se fosse só aqui, eu seria o responsável”, disse Bolsonaro.

O presidente disse que preparou a economia brasileira com reformas em 2019 e que isso ajudou o país a atravessar a crise provocada pela guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

“A grande vacina para a economia foi dada em 2019, incluindo a reforma da Previdência.”

Bolsonaro defendeu a polêmica sua polêmica viagem à Rússia em fevereiro. “Veio a guerra, fui na Rússia negociar os fertilizantes com [Vladimir] Putin. Se não fosse isso, a segurança alimentar do Brasil e do mundo estaria comprometida”, afirmou.

Na mensagem de encerramento da sabatina ao Jornal Nacional da TV Globo, o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que pegou o Brasil em condições críticas, mas que fez todo o possível para minimizar os efeitos da pandemia de covid-19 e da guerra entre Rússia e Ucrânia.

Ele lembrou das recentes reduções de preços dos combustíveis anunciadas pela Petrobras (PETR4). “Fizemos isso sem canetadas”, afirmou ele sem mencionar as sucessivas trocas de comando da estatal.

Bolsonaro também ressaltou a aprovação, às vésperas da eleição, do Auxílio Brasil de R$ 600 e aproveitou para alfinetar os bancos.

“Fizemos o pix sem taxação para tirar o dinheiro dos bancos”, afirmou.

No minuto que teve para mandar a mensagem final, o presidente que concorre à reeleição ainda citou as reformas de 2019 e a transposição do Rio São Francisco para levar água para o Nordeste, há qual nenhum outro presidente havia conseguido fazer este feito.

Os apresentadores do Jornal Nacional, da TV Globo, tentaram descredibilizar o atual Presidente Jair Bolsonaro em todas as questões levantadas, não sendo imparcial em nenhum quesito apresentado.

Veja a entrevista na integra

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