Economia

Leilões de imóveis em Campinas crescem quase 190% em dois anos devido à inadimplência

O número de leilões de imóveis em Campinas aumentou quase 190% em dois anos. Somente pela Caixa Econômica Federal, 59 imóveis foram a leilão em 2022. Em 2023, esse número subiu para 69. Já em 2024, houve um salto significativo, chegando a 169, entre casas, apartamentos e terrenos.

O crescimento também foi expressivo em nível nacional. A Caixa levou a leilão 9 mil imóveis em 2022, 26 mil em 2023 e 51 mil em 2024. Atualmente, cerca de 26 mil imóveis estão disponíveis no site do banco.

Segundo o advogado Davi Campos Haddad, a pandemia foi um dos principais fatores para o aumento dos leilões de imóveis, já que muitas pessoas não conseguiram quitar financiamentos. Além disso, alguns bens foram penhorados para saldar dívidas. O técnico em segurança do trabalho, Marcos Ferreira Santos, é um exemplo de proprietário que perdeu um imóvel em leilão. Ele conta que uma sociedade que durou apenas seis meses nos anos 1990 ainda traz consequências.

No imóvel viviam sua filha e sua neta, que tiveram que sair às pressas e agora vivem de aluguel. “Eu acho que valeria uns R$ 500 mil e foi vendida por R$ 120 mil. Ficou por isso mesmo”, lamenta.

Para quem tem interesse em comprar imóveis dessa forma, o dono de empresa de leilões, Guilherme Pecini, afirma que é necessário se atentar a alguns detalhes antes de optar por uma oferta.

Em nota, a Caixa informou que “oferece alternativas de negociação para que o mutuário possa retomar o fluxo regular de pagamentos, como a incorporação de prestações vencidas ao saldo devedor do contrato ou opção por pagamento parcial da parcela por até 6 meses”.

O banco afirmou ainda que os imóveis disponíveis à venda em leilão em cada estado/UF, bem como as exigências e orientações para a participação nos certames constam nos editais de venda, podem ser acessados pela internet – clique aqui para ver.

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